Hobbes, absolutista, aponta o amor da Igreja pela Paideia e pela Democracia popular.

O amor católico à Paidéia, especialmente á tradição socrática-platônica e aristotélica, embora com preferência pelos textos estóicos na parte ética, foi constatado inclusive por Hobbes. Hobbes, no século XVII, ideólogo do absolutismo, em seu livro “Leviatã” (2ª. edição, São Paulo, Ed. Abril, 1979, p. ), descreveu a “filosofia moral e civil” da escolástica, da Igreja […]

A Igreja luta para que todos tenham vida plena, simples, feliz, abundante, digna, sem miséria, sem reificação

Leão XIII, na “Alocução” de 24.01.1903, lembrou que o conceito cristão de “nobreza” (“kalokagathía”, em grego, cf. consta no livro de Aristóteles, “Ética a Eudemo”, livro VII) significa pessoas boas e sábias que se dedicam ao bem comum (como os guardiões de Platão), pessoas que se sacrificam pelo próximo, pelo bem do povo. Os que […]

As formas históricas de Estado são mutáveis. O principal é realizar o bem comum

A forma atual dos Estados, as formas de organização geral da sociedade, são formas históricas, passíveis de múltiplas alterações (cf. Leão XIII e Pio XI). Há algumas constantes, mas tudo pode ser sempre melhorado, aperfeiçoado, cultivado, para o aumento do bem comum, no processo histórico (por toda a eternidade).  Como ensinou Marciano Vidal, no livro […]

Helvécio defendia economia mista, Estado social, democracia popular

Helvécio era jusnaturalista, como a Igreja Católica, mais Condorcet, Paine, Diderot, Holbach e milhões de outros grandes pensadores. As melhores ideias do iluminismo eram ideias católicas. A Revolução Francesa foi liderada por vários padres e por milhões de leigos católicos.  Helvécio elogiou os jesuítas, por estes terem destacado a importância das leis, da educação e […]

A ideia do bem comum é a ideia central de toda ética, todo Direito, de todo Estado legítimo

A noção de bem comum está nos melhores textos da Paidéia e da Bíblia e destas fontes foi acatado pelo cristianismo. No mesmo sentido, Pio XI, num discurso a 2.500 sacerdotes rurais italianos, dizia: “é digno de elogio que vocês se dediquem” ao trabalho rural, “que é a espinha dorsal do país”, “é um dever […]

A fé e a graça visam fortalecer as energias da razão, da vontade, dos afetos, do corpo

O documento “Para uma pastoral da cultura”, do Conselho Pontifício da Cultura, órgão do Vaticano, diz que “a Igreja esclarece o sentido e o valor da vida, alarga os horizontes da razão e fortalece os fundamentos da moral humana”. Em outras palavras, a fé e a graça fortalecem as forças humanas, atuam por dentro das […]

Cícero era eclético, seguindo Platão, Aristóteles e, mais ainda, os estoicos, nas questões sobre ética

A filosofia cristã é formada de bom ecletismo, ecumenismo. E teve como precursores, pensadores como Cícero. Cícero seguia os passos dos “peripatéticos” (da escola de Aristóteles) e dos estóicos, como ele mesmo diz no primeiro parágrafo de seu livro “Dos deveres” (“De Officiis”, São Paulo, Ed. Saraiva, 1965, p. 27), onde escreveu: “meu filho,… não […]

Uma boa lição da Enciclopédia Britânica sobre a antiguidade da democracia e da naturalidade desta forma de governo

A “Encyclopaedia Britannica” (London-Chicago e Toronto, Ed. William Benton, 1960, vol. 7, p. 177), no verbete “democracy”, ensina corretamente que “a democracia direta é um das mais óbvias formas de organizar a comunidade política. Ela [a democracia] é encontrada em muitas das primitivas sociedades conhecidas pelos antropólogos modernos e suas origens, sem dúvida, recuam a […]

A tradição mundial da economia mista é atestada por Xenofonte

Glauco Tozzi, no excelente livro “Economistas griecos y romanos” (Cidade do México, Fondo de Cultura Económica, 1968, p. 40), mostra que Xenofonte, no livro “Discurso sobre as finanças de Atenas e de vários meios para aumentá-las” (uma das últimas obras de Xenofonte), defendia que as minas de prata de Laurion, que pertenciam a cidade de […]

A teoria e a classificação das paixões, em Aristóteles, Agostinho, Descartes, São Francisco de Sales e Spinoza

A Igreja nunca ensinou, como alguns estóicos (Cícero, Sêneca, Plutarco e alguns outros não incidiram neste erro) e alguns budistas, que as paixões em si são más. As paixões são boas, pois a natureza, apesar de decaída, é boa, e isso vale para o corpo, os prazeres, o prazer sexual, os afetos, os instintos etc. […]