A fé e a graça visam fortalecer as energias da razão, da vontade, dos afetos, do corpo

O documento “Para uma pastoral da cultura”, do Conselho Pontifício da Cultura, órgão do Vaticano, diz que “a Igreja esclarece o sentido e o valor da vida, alarga os horizontes da razão e fortalece os fundamentos da moral humana”. Em outras palavras, a fé e a graça fortalecem as forças humanas, atuam por dentro das forças naturais, purificando, aperfeiçoando. Dentre estas forças, a fé atua principalmente sobre a inteligência:

“… desde as origens, o cristianismo se distingue pela inteligência da fé e pela audácia da razão. Testemunham-no pioneiros como são Justino e são Clemente de Alexandria, Orígenes, os Padres Capadócios, o encontro entre o pensamento platônico e neoplatônico e santo Agostinho, depois a integração da filosofia de Aristóteles efetuada por santo Tomás, sem esquecer santo Anselmo, santo Alberto Magno e são Boaventura, até a época contemporânea ilustrada por Newman e Rosmini, Edith Stein e Vladimir Soloviev, Pavel Florensky e Vladimir Lossky, evocados pelo Papa João Paulo II, na sua encíclica Fides et Ratio (cf. nn. 36-48)”.