O elogio do povo, como fonte do poder legítimo

O Cardeal Sebastião Leme ensinava que o povo humilde tem “energias inconsumíveis” em sua “têmpera”, constituindo “o nervo resistente à dissolução da pátria; esse povo imenso que forma aquilo que o Brasil tem de mais puro e forte, esse heróico povo brasileiro, cuja fibra sofredora tem sido uma verdadeira odisséia na luta insana contra os elementos […]

Alfredo Bosi viu corretamente a linha democrática popular cristã, no Brasil, de feição franciscana

Alfredo Bosi, no livro “História concisa da literatura brasileira” (São Paulo, Ed. Cultrix, 2006, cf. p. 453), ao descrever “a poesia negra e a poesia bíblico-cristã de Jorge de Lima”, viu esta tendência para um socialismo democrático humanista. Bosi descreveu as duas veias de Jorge Lima, “ambas” perpassadas por “um sopro de fraternidade, de assunção […]

A tradição democrata cristã popular, no Brasil, eclética, ecumênica, católica

Na linha democrática, Frei Francisco de Mont´Alverne (1784-1858), que marcou boa parte dos textos de formação dos sacerdotes no século XIX, ensinava que a “missão” do “cristianismo” é de “adoçar” e “minorar os males da espécie humana”. Este frei elogiava São Vicente de Paulo, o padre l´Epée, o abade Sicard e outros expoentes da caridade, […]

A importância da política, para a doutrina social da Igreja

Pio XI, no “discurso à Federação Universitária Católica Italiana” (18.12.1937), destacou bem a importância do poder público: “nada, poder-se-ia dizer, exceto a religião, é superior ao domínio político, que concerne aos interesses de toda a sociedade e que, neste sentido, é o domínio por excelência da forma mais extensa da caridade: a caridade política”. No […]

O ideal histórico concreto de hoje – a construção de um grande Estado social, popular, economia mista, democracia popular participativa

A noção de “ideal histórico” da Igreja foi formulada principalmente por Maritain. No Brasil, os “maritainistas” principais foram homens como Alceu, Afrânio Peixoto e centenas de outros. O grupo que gerou a TFP e que a geriu no tempo de Plínio Correia de Oliveira combateu a influência de Maritain e NÃO representava a posição da […]

A Doutrina social da Igreja foi acolhida por Rui Barbosa, o precursor do trabalhismo nas campanhas presidenciais

Rui Barbosa, na plataforma de 1919, atacou a “concepção individualista dos direitos humanos”. O individualismo capitalista foi criticado por autores como Adam Müller (1779-1829), Buchez, Ketteler, Ozanam, Comte, Duguit e outros grandes autores. Rui Barbosa destacava a importância da “transformação incomensurável nas noções jurídicas”, com a expansão dos “direitos sociais”, onde “a esfera do individuo […]

O nacionalismo de Arthur Bernardes Filho

Fernando Morais, no livro “Chatô, o rei do Brasil” (São Paulo, Ed. Schwarcz, 1994, p. 133), faz um elogio a Arthur Bernardes, quando descreve o conflito entre Bernardes e Chatô. Por detrás de Chatô, estavam as multinacionais, na época, especialmente Percival Farquhar e Alexander Mackenzie, tal como o Polvo Light e a Itabira Iron. Arthur […]

Quintino Bocaiúva, um republicano cristão, mesmo com problemas

Quintino Bocaiúva foi um dos líderes dos Republicanos. O livro “Ideias políticas de Quintino Bocaiúva” (Brasília, Gráfica do Senado, 1986, vol. II), traz o “Testamento” de Quintino, que morreu em 24.08.1909. Bocaiúva escreveu “creio na imortalidade da alma humana”, no “Juiz Supremo”, ou seja, em “Deus” (p. 703).  No documento com o título “Para quando […]

Elogio de Celso Furtado, pela concepção de democracia popular

Celso Monteiro Furtado nasceu em 1920, na cidade de Pombal, Paraíba. Fez parte da Força Expedicionária Brasileira, como aspirante a oficial. Apoiou o getulismo e, principalmente, o governo de Juscelino Kubitschek, que conciliava o PTB com o PSD. Escreveu obras geniais como “Formação econômica do Brasil” (1959), “Desenvolvimento e subdesenvolvimento” (1961), “Um projeto para o […]

A tradição democrática-popular portuguesa, brasileira, indígena etc

O livro de Fernão Lopes, “Crônica de El-Rei D. João I de boa memória” (Lisboa, Editor Francisco Lyon de Castro, 1977), foi corretamente reeditado com o título de “História de uma revolução”, descrevendo a revolução portuguesa de 1383-1385. Fernão Lopes conta como “o comum povo livre” decidiu, em repulsa ao imperialismo de Castela, eleger o […]