O elogio do povo, como fonte do poder legítimo

O Cardeal Sebastião Leme ensinava que o povo humilde tem “energias inconsumíveis” em sua “têmpera”, constituindo “o nervo resistente à dissolução da pátria; esse povo imenso que forma aquilo que o Brasil tem de mais puro e forte, esse heróico povo brasileiro, cuja fibra sofredora tem sido uma verdadeira odisséia na luta insana contra os elementos da natureza e as injustiças dos homens; esse povo desconhecido que jornadeia na vastidão dos campos ou lida no vaivém das cidades; o Povo, enfim, o povo rude e pobre” (cf. p. 75, do livro da irmã Maria Regina do Santo Rosário, vulgo Laurita Pessoa Raja Gabaglia, a filho de Epitácio Pessoa, no livro “O Cardeal Leme”, Rio de Janeiro, Ed. José Olympio, 1962).

Alceu e Jackson tinham a mesma concepção sobre a bondade do povo. Alceu elogiava autores católicos e modernistas, como José Américo e José Lins do Rego, por descreverem o povo e sua miséria imerecida. A “Pastoral de 1916” (Petropólis, Ed. Vozes, 1916), de Dom Sebastião Leme, é um dos marcos fundamentais de nossa verdadeira história e tem pontos ainda atuais.