Celso Monteiro Furtado nasceu em 1920, na cidade de Pombal, Paraíba. Fez parte da Força Expedicionária Brasileira, como aspirante a oficial. Apoiou o getulismo e, principalmente, o governo de Juscelino Kubitschek, que conciliava o PTB com o PSD. Escreveu obras geniais como “Formação econômica do Brasil” (1959), “Desenvolvimento e subdesenvolvimento” (1961), “Um projeto para o Brasil”, “ABC da dívida externa” e outras. No Brasil, foi principalmente editado pela Editora Paz e Terra, ligada a Igreja. Como bem resumiu Maria da Conceição Tavares, discípula de Celso, o ideário de Celso exigia “crescimento, distribuição [de rendas], estabilidade e bem estar social”, tudo “juntos”. Foi o autor do Plano Trienal de João Goulart. Foi também Ministro do Planejamento de Goulart. Celso Furtado se batia pela reforma agrária, pela intervenção planificadora do Estado, por boas estatais para bens de produção de grande poderio etc. Foi o principal pensador da CEPAL. A CEPAL foi salva por Getúlio Vargas. A CEPAL foi criada no Chile, em 1948. Os EUA tentaram matar a CEPAL desde o início. Então, em 1951, Getúlio Vargas, a pedido de Celso, por mediação de Cleanto de Paiva Leite, salva a CEPAL. Celso Furtado e Raul Prebisch visitaram Getúlio, para agradecer o papel fundamental de Getúlio, na defesa da CEPAL. O ideário de Celso e da CEPAL exigiam uma democracia popular, participativa, com economia mista, com Estado social, com trabalhismo. Enfim, o modelo que eu defendo. E o modelo que acho que está nos melhores textos da Doutrina social da Igreja.