A Igreja condenou várias vezes o capitalismo, o comunismo e o fascismo. Defendeu uma economia mista, com democracia popular.

Pio XI, na Alocução Consistorial, de 14.12.1925, explicou que a Doutrina social e política da Igreja não aceita os erros do liberalismo, nem do extremo socialismo (estatização de todos os bens de produção), e nem do totalitarismo (Estado despótico). Lembro que até o comunismo de Marx não condena a propriedade privada de bens de consumo. Mas, a Igreja só quer a estatização dos grandes bens produtivos, que atribuem poder excessivo, na boa fórmula de Pio XI, na “Quadragesimo anno”, em 1931. A Igreja quer o máximo de personalização com o máximo de socialização, um sistema econômico misto, uma economia mista. 

Na Encíclica “Non abbiamo bisogno”, de 29.06.1931, Pio XII condenou explicitamente o totalitarismo e o fascismo. Na encíclica “Divini Redemptoris”, n. 50, o mesmo Pio XI condenou novamente o comunismo (a ideia de estatizar todos os bens produtivos) e também condenou o liberalismo (a ideia de privatizar tudo, de um Estado mínimo), a “pesada herança de erros de um regime econômico iníquo, que em várias gerações exerceu desastrosa influência”.

Conclusão – A Igreja, como Thomas Piketty, quer um amplo Estado social do bem estar social, um amplo distributismo, renda universal, bens para todos, erradicar a miséria, erradicar as grandes fortunas privadas, quer um sistema econômico de mediania, na linha de Moisés, Cristo, Platão, Aristóteles, estoicos etc.