O livro de Octavio Ianni, “Estado e planejamento econômico no Brasil” (Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 1986), é um elogio do getulismo, que trouxe ao Brasil a presença de “poderoso aparelho estatal”. A economia brasileira tem vários setores, como o privado nacional (com a parte boa, das pequenas e médias empresas e a parte má, dos trustes e carteis), o estrangeiro (quase todo ruim, multinacionais opressoras) e setor estatal (parte bom, a parte voltada ao povo). Outro livro bom de Ianni é “A formação do Estado popular na América Latina” (Rio, Civilização Brasileira, 1975), na mesma linha. E “A luta pela terra” (Petrópolis, Vozes, 1978). Outro marco é “A ditadura do Grande Capital” (Rio, Civ., 1981). E há “O Colapso do populismo no Brasil”. Todas estas obras elogiam o getulismo popular, a luta pela construção, no Brasil, de um Estado social, popular. Elogiam o nacionalismo econômico e o trabalhismo, as “políticas econômicas nacionalistas”, as lutas pelas reformas de base etc. Boa linha, quando os comunistas apoiavam o trabalhismo, o nacionalismo, o getulismo, o populismo.