A Bíblia e a Tradição (a Paidéia, num certo sentido) ensinam que o Estado, a organização política da sociedade, é destinado a ser um “ministro” (servidor, agente, mediador) “para o bem” (cf. São Paulo em Rm. 13,4 e frase explícita de Cristo), o bem geral, de todos. Esta concepção do Estado pautado pela lei natural (ou seja pelas ideias práticas do povo), pelas regras objetivas e sociais do bem comum presentes na consciência do povo, está nos melhores textos da Paidéia (Sócrates, Protágoras, Péricles, Sófocles, Aristóteles, Cícero e outros) e também encontra ampla fundamentação nos “princípios básicos do judaísmo” (cf. Padre Humberto Porto e do Dr. Hugo Schlesinger, “As religiões, ontem e hoje”, São Paulo, Ed. Paulinas, 1982, “verbete “democracia”, p. 84).