José Ferrater Mora, no “Dicionário de filosofia” (São Paulo, Ed. Loyola, 2001, tomo II, p. 932), no verbete sobre ética, ensinou que
“os pensadores cristãos… aproveitaram muitas das idéias da ética grega – principalmente as platônicas e estoicas – de tal modo que parte da ética, tal como a doutrina das virtudes e a sua classificação, inseriram-se quase por completo no corpo da ética cristã. Foi muito comum adotarem-se certas normas éticas de algumas escolas (como a estoica)… suprimindo as porções (por exemplo, a justificação do suicídio) incompatíveis com as idéias morais cristãs. À medida que o pensamento grego foi sendo acolhido dentro do pensamento cristão destacaram-se certos fundamentos que, no fim, eram comuns a ambos. Entre eles mencionamos como o principal a clássica equiparação do bom com o verdadeiro, que os filósofos cristãos desenvolveram em sua teoria dos transcendentais”.
O estoicismo tem origem semita, em Chipre, onde havia ampla influência semita, judaica e fenícia (povo semita). Assim, as ideias do estoicismo nascem na cultura semita fenícia e hebraica, em boa síntese. A mesma cultura da base hitita, que permeou a Lídia, berço da filosofia grega, com origens também semitas e fenícias, na origem.