O ideal distributista e de economia mista, de Monteiro Lobato

Os ideais e sonhos de MONTEIRO LOBATO, bem próximos da Igreja.

Monteiro Lobato nasceu em Taubaté SP, em 1882 e faleceu em 1948. Pouco antes de falecer, escreveu o livro “Georgismo e comunismo, o imposto único” (São Paulo, Brasiliense, 1948), onde expôs seu ideal político e econômico, baseado em Henry George, no georgismo, sendo Henry George um escritor dos EUA, que leu a “Rerum”, e a comentou com detalhes.

O ideal político e econômico de Monteiro Lobato era o de uma República distributista cooperativista, democrática, SEM LATIFÚNDIOS, com MILHÕES DE CAMPONESES e MICRO E PEQUENOS PRODUTORES.

Uma ampla ECONOMIA MISTA, o mesmo ideal da Igreja. Mais a Igreja vai além…

Nesta parte, o mesmo ideal da Igreja, mas a Igreja quer também um AMPLO ESTADO, ESTATAIS e PLANEJAMENTO PÚBLICO DA ECONOMIA, com amplos CONTROLES PÚBLICOS, de PREÇOS, SALÁRIOS etc.

No livro “Zé Brasil”, editado pela Editora Vitória, em 1948, com gravuras do grande Cândido Portinari, Lobato descreve “o sonho de Prestes: fazer com que todos os que trabalham na terra sejam donos de um SÍTIO de bom tamanho, onde vivam felizes, plantando muitas árvores, melhorando as benfeitorias”. 

No comício, realizado no estádio do Pacaembu, em 15.07.1946, com mais de 130 mil pessoas, para saudar Prestes, Monteiro Lobato proferiu um discurso (publicado na íntegra, no jornal “Tribuna Popular”), irradiado graças a um disco gravado (Monteiro Lobato estava acamado, perto da morte), onde Lobato diz que Prestes, por ter imaginado um mundo mais justo, recebera uma pena de 30 anos, tal “como pelo fato de sonhar um sonho semelhante, Jesus foi condenado a morrer na tortura” (estes dados estão no livro “Monteiro Lobato, furação na Botocúndia”, São Paulo, Ed. Senac, 1997, p. 341).