Como explicou Fernando Callage, um grande católico, no artigo chamado “Justiça social humana e cristã” (publicado na revista “Cultura Política”, de julho de 1942, n. 17, Rio de Janeiro, p. 207), “a justiça social” (regras racionais e consensuais exigidas para a realização do bem comum), segundo a boa lição do Padre Antoine, tem, “por objeto formal o direito ao bem social, ao bem comum”. O povo tem o direito natural ao bem comum, ao bem estar pleno, material, intelectual e moral.
Callage também citou a seguinte frase de Giuseppe Toniolo (no livro “A noção cristã da democracia”), que resume bem a concepção cristã sobre o poder: “o Estado mais democrático, qualquer que seja a sua organização, é aquele que corresponde melhor aos interesses de todos e especialmente aos interesses daqueles que são os mais numerosos”.