Pio XII mostrou a unidade entre a Paidéia e a cultura hebraica e católica

Pio XII explicou, no discurso “Con Felice Pensiero” (06.11.1949), à União de Juristas Católicos Italianos, a síntese entre a Paidéia e as idéias hebraicas, feita pelo cristianismo:

Foi também em Roma, no mundo já fermentado pela civilização romana, onde as duas realidade mais vitais – uma, fruto da sabedoria jurídica de um povo, e por isso de origem humana; outra, irradiação no mundo da Revelação anunciada pelo Filho de Deus feito homem, e pro isso de origem transcendental e divina, encontraram-se e fundiram com vínculos íntimos; porque o direito de Roma, penetrado na nova luz que emanava da mensagem cristã, gradualmente se transformou no espírito, se elevou nas concepções, se aperfeiçoou em muitas de suas instituições, se enriqueceu em suas disposições, acolhendo progressivamente os princípios, as idéias, as exigências superiores da nova doutrina. A obra legislativa dos imperadores cristãos nasceu desta fecunda união da sabedoria humana e da sabedoria divina, da quel permanecem marcas indeléveis, capazes de demonstrar ao mundo moderno como entre a verdadeira ciência jurídica e os ensinamentos da fé cristã não há oposição, mas concordância, porque a fé grante, com a sua chancela, a verdade que a mente humana descobre, examina e ordena”.

Em praticamente todas as cerca de 240 nações do mundo, há instituições do direito romano, que formam parte relevante do direito público e do direito privado dos povos, a base de uma boa economia mista, de um boa democracia popular. Esta parte democrática do direito é sadia e foi condensada pelo cristianismo, que recolheu e recapitulou a Paidéia, unindo-a à herança hebraica-semita.