Contra a venalidade dos cargos, a influência do grande capital sobre o Estado

Santo Tomás, no livro “Do governo dos judeus” (Rio, Ed. ABC, 1937, p. 154), atacou a venda (venalidade) dos cargos (ofícios) públicos. Santo Tomás atacou a venalidade (venda) dos cargos públicos porque isso faz e fazia com que estas funções públicas sejam exercidas pelos que “são piores, ambiciosos e amantes do dinheiro”, por pessoas que usam do cargo para “oprimir” o povo. A mesma crítica aplica-se ao financiamento privado (e mais ainda ao empresarial, o pior de todos) das campanhas políticas. Campanhas políticas devem ser financiadas por recursos públicos, para impedir que a oligarquia usurpe o poder. O correto é erradicarmos a oligarquia e a miséria, constituindo uma sociedade com base na mediania, na igualdade, ponto que foi bem destacado por Platão nos livros “República” e “Leis”, tal como por Aristóteles, no livro “Política”.