O Babovismo foi um movimento cristão socialista, com forte religiosidade

O Babovismo foi o movimento de François Noel Babeuf (1760-1797), Gracchus Babeuf, foi um jornalista revolucionário, que, no final das contas, apenas seguia as ideias do padre Morelly, do padre Mably, de Campanella e de São Tomás Morus.

E isso foi reconhecido em textos do próprio Marx e Engels, textos que vou transcrever, em outras postagens, nesta “Categoria”. 

Toda a base teórica vem destes autores católicos, da ética cristã social. Com pitadas de platonismo, a mesma base de Santo Agostinho e outros luminares da Igreja.

Friso que Babeuf não queria estatizar todos os bens, deixava claro que os camponeses, artesãos, pequenos comerciantes (retalhistas) e pequenos burgueses, ou seja, OS MICRO E PEQUENOS PRODUTORES, não seriam atingidos.

Já postei textos de Babeuf, mostrando isso, e o farei novamente, com mais detalhes, em outros posts.

Apenas os grandes ricos seriam desapropriados, para realização do bem comum. 

Depois da morte de Babeuf, suas ideias foram mantidas por um grande católico, chamado Filippo Giuseppe Maria Ludovico Buonarroti, mais conhecido como Philippe Buonarroti (1761-1837), descendente da família do escultor católico Michelangelo Buonarroti.

Philippe Buonarroti era carbonário, a mesma corrente católica de Buchez, anos depois. Os Carbonários eram um tipo de maçonária, empapada de catolicismo, com amplo amor a Jesus Cristo.

Buonarrotti escreveu os livros “História das sociedades secretas do Exército” (1815), “Conspiração dos Iguais” (1828) e “Conspiração para a Igualdade, dita de Babeuf, seguido do processo ao qual ele foi julgado” (1828).

Estas obras foram traduzidas para o inglês, pelo irlandês James Bronterre O´Brien, “Conspiração de Babeuf pela Igualdade”, em 1836. Bronterre era católico. Outros discípulos foram Raspail, também com religiosidade, e outros. 

A Sociedade das Estações, na França, que atuou principalmente entre 1834 e 1836, tinha como líderes Philippe Buonarroti, Blanqui, Barbès e outras pessoas, inclusive ex padres.

Na época, todas estas lideranças eram católicas, inclusive Louis Auguste Blanqui. Barbès sempre manteve a fé católica.

Depois, Blanqui se torna ateu, mas, no final da vida, escreve um livro praticamente religioso, “A eternidade pelos astros”, editado pela Ed. Saraiva, no Brasil, com a ideia cristã e hebraica da renovação do universo, mas com base “científica”.