Prestes elogiou Alceu, Getúlio e a Igreja

Luiz Carlos Prestes elogiou Alceu Amoroso Lima e fez questão de ir, em 1983, ao sepultamento do antigo presidente da Ação Católica. Também apreciava líderes socialistas e trabalhistas cristãos, como João Mangabeira, Alberto Pasqualini, Domingos Velasco, Brizola e outros políticos cristãos (e também socialistas e nacionalistas). Nas eleições de 1945, o PCB lançou uma série de candidatos, como José Geraldo Vieira, católico e comunista; Monteiro Lobato, que era georgista e tinha religiosidade; Jorge Amado (que redigiu um dos parágrafos do artigo da Constituição, sobre liberdade religiosa); Prestes e outros.

Esta opinião positiva de Prestes sobre a Igreja é antiga. Está inclusive em cartas que escreveu na prisão, durante o Estado Novo. Numa entrevista ao jornal “Imprensa Popular”, em 06.07.1956, Prestes disse: “os trabalhadores getulistas e todo o povo brasileiro ainda não se esqueceram do suicídio de Getúlio Vargas, por mais que alguns dirigentes do PTB pretendam enterrar sua célebre carta-denúncia e testamento político”.