Uma boa lição de Pio XII, quando era apenas o Cardeal Eugenio Pacelli

Em 06.07.1937, o Cardeal Pacelli, então Secretário de Estado do Vaticano, e mais tarde Pio XII, destacou “a grandeza” do ser humano, “criado por Deus, dotado” de “alma espiritual e imortal”, capaz de reflexão, de autodeterminação, de autonomia. Um ser “capaz de erguer-se à contemplação das mais elevadas verdades especulativas e de investigar as leis mais íntimas da natureza para dominar estas forças naturais”, para reger a própria vida. Um “ser que pode alimentar no seu espírito as aspirações mais sublimes e os sentimentos mais puros e mais nobres”, que “é árbitro dos seus destinos, senhor responsável das suas ações, verdadeiro soberano da criação visível, que impõe a sua vontade às coisas e aos seres vivos”. Enfim, uma criatura feita à imagem de Deus (cf. Radiomensagem de Natal, de 1942), criada para a libertação, para a autonomia, o autocontrole pessoal, familiar e social.