A ética cristã e natural exige, assim, que todas as estruturas sociais e estatais (todas as concreções da consciência, da atividade consciente humana, inclusive prédios, obras de artes, músicas, brincadeiras, tipos de roupas etc) sejam organizadas (ordenadas, estruturadas) para a promoção do bem mais universal, geral (nos termos de Santo Inácio).
Esta regra vale para a organização política da sociedade, assim como para a organização econômica.
O bem geral é mais amplo do que o bem da maioria (a parte mais relevante do bem comum, geral), pois trata-se das medidas e das estruturas (políticas, econômicas, jurídicas, eclesiais etc) que possam conservar, proteger e promover o máximo de bem para todas as pessoas (da maioria e das minorias).
Este fundamento de democracia social coincide com as melhores idéias de socialismo democrático.
A comprovação desta afirmação está clara nos textos de autores como Charles Simonde de Sismondi (1773-1842), Lamennais, Pierre Leroux, Buchez, Prosper Vitor Considérant (1808-1893, autor de “Princípios de socialismo”), Prosper Enfantin, Etienne Cabet, Georges Sand, Louis Blanc, Constantin Pecqueur (1801-1887, autor de “Economia social”), Jean Jaurès (1859-1914), os expoentes do trabalhismo inglês e brasileiro, Fernando de los Rios e quase todos os outros ramos do socialismo democrático e do nacionalismo antiimperialista (como expoentes como Velasco Alvarado, Perón, Nasser, Nehru, Getúlio Vargas, o general Sandino, Celso Furtado e outros).