Há milhares de autores cristãos precursores das melhores ideias do socialismo

Constantin Pecqueur esboçou a figura de uma sociedade socialista que seria uma “República divina”, de fundo ético. Marx tirou de Pecqueuer várias de suas idéias, tendo estas, assim, fontes cristãs. 

Sismondi deixou obras magistrais como “Novos princípios de economia política” (1819), “Estudos sobre as ciências morais” (1836), “História das repúblicas italianas” (180701818), “História do renascimento da liberdade na Itália” (1832) e “História dos franceses” (1821-1844).

Sidney e Beatrice Webb (do casal Webb), no livro “As bases históricas do socialismo” (1889), ensinavam, na linha do cristianismo, que “o objetivo” da sociedade e do socialismo era “o bem comum”, “uma consciente adaptação direta”, para “o homem” (a humanidade, a sociedade) “tornar-se, cada vez mais, não apenas o senhor das coisas”, mas também para assumir “o controle de seu próprio destino social”.

No mesmo sentido, a escritora George Sand escrevia a Michelet (discípulo de Vico e de Hegel), lá por 1845: “compreendo sua tolerância, seu respeito pelos padres humildes e sinceros… Que o clero reencontre o verdeiro espírito do Evangelho, isto é, a doutrina de igualdade e de comunidade, e então vou gostar muito de ir ao confessionário”.

Os textos de Henrique Esquiros (1814-1876), especialmente “O Evangelho do povo” (1840) e “A moral universal” (1859), também unem democracia, religiosidade, amor ao povo e socialismo democrático.

Os textos de Pierre Leroux são ainda mais claros, unindo cristianismo, socialismo e democracia, em textos que deveriam ser reeditados.

Há a mesma linha em Willhelm Weitling. Há milhares de precursores cristãos do melhor do marxismo, ponto que o padre Fernando Bastos de Ávila mostrou, no livro sobre os precursores pré-marxistas do socialismo, sobre os expoentes do socialismo democrático cristão pré-marxista.