O elogio da Teologia da libertação, por Istvan Mészáros

Istvan Mészáros, no livro “Para além do capital” (Editora Boitempo e Unicamp, São Paulo, 1ª edição, 2002, p. 473), reconhece “o potencial emancipatório” (libertador) “e a ação combativa de movimentos religiosos profundamente comprometidos com a causa da libertação dos oprimidos”:

Embora o desenvolvimento histórico-mundial distante de uma humanidade plenamente unificada talvez possa, de fato, superar a necessidade de encontrar na religião “a alma de um mundo sem alma” (como Marx coloca na Ideologia Alemã), mesmo assim, como questão de inevitável mediação prática entre o passado e o futuro em muitas partes do mundo contemporâneo – da Nicarágua ao Brasil, de El Salvador até a maior parte da África – dificilmente se pode dispensar o potencial emancipatório e a ação combativa de movimentos religiosos profundamente comprometidos com a causa da libertação dos oprimidos da tutela e da dominação de forças políticas e econômicas muito reais”.

Mészaros viu corretamente o “potencial emancipatório e a ação combativa de movimentos religiosos profundamente comprometidos com a causa da libertação dos oprimidos” tendo como principal amparo teórico a teologia da libertação.