Revolução Francesa, feita por católicos e parte expressiva do Clero

Uma parte grande, cerca de metade, do clero francês participou da Revolução Francesa, ao lado dos leigos católicos (que também formam a maior parte da Igreja). Houve inclusive de bispos como o Bispo Gregório, que foi um dos maiores revolucionários.

A Assembléia Nacional tinha 1214 deputados. Destes, pelo menos 308 (o número é maior) eram do Clero, ou seja, um quarto, 25%. Destes 308, 49 eram bispos.

Havia também 621 deputados do Terceiro Estado, com vários padres dentre estes. A participação relevante do Clero era evidente. Da mesma forma, isso ocorreu no Parlamento brasileiro, tanto na Assembléia Constituinte de 1823, como nas seguintes legislaturas.

A Revolução Francesa foi uma revolução feita por católicos, principalmente por leigos. Teve o apoio inicial (renovado após a Concordata) do Clero e o apoio permanente de parte do clero. Metade do clero apoiou inclusive a “Constituição Civil do Clero” (Lei de 12.07.1790). As reformas políticas da Revolução eram apoiadas, na maior parte dos pontos. Mesmo parte significativa da “Constituição Civil do Clero” foi, depois, ratificada pela “Concordata” de 1801, entre Pio VII e Napoleão.

O apoio dos leigos católicos e de parte do Clero às reformas políticas da Revolução de 1789 deve-se a premissas implícitas no cerne da religião. A ética cristã e natural sempre busca um regime justo, uma boa sociedade, uma sociedade ordenada para o amor, para o bem comum, sem miséria, sem grandes proprietários privados (ricos). A MEDIANIA é o ideal, o mesmo para economia MISTA.