Obama e os EUA deveriam ter pedido desculpas ao Japão pela bomba atômica

Fidel Castro, ao completar 90 anos, criticou Obama por não pedir desculpas, ao ir a Nagasaki, no Japão.
Fidel tem razão. No livro de Peter Scowen, “O Livro negro dos EUA” (Ed. Record, 2003, p. 51), consta que Eisenhower foi contra o lançamento, 
dizendo – “O Japão estava, naquele mesmo momento, buscando alguma forma de render-se com uma perda mínima de aparência. 
Não era necessário golpeá-los com aquela coisa”. 
O Almirante William D. Leahy, Chefe do Estado Maior de Truman, foi ainda mais claro, contra o lançamento da bomba, dizendo
“Os japoneses já estavam derrotados e prontos a render-se devido ao eficiente bloqueio marítimo e ao bombardeiro bem sucedido
com armas convencionais. Ao sermos os primeiros a usar a bomba, adotamos um padrão ético comum aos bárbaros da idade das Trevas”.
O Juiz que presidiu os julgamentos de Nuremberg chamou o bombardeio de Nagasaki de “CRIME DE GUERRA”. 
Leo Szilard, um dos cientistas do projeto Manhattan, que gerou a bomba, foi contra, dizendo – “perdemos o argumento moral com o qual, logo após
a guerra, talvez pudessemos ter nos livrado da bomba”, proibindo mundialmente a produção da bomba, como queria e quer o movimento pacifista.
O próprio Robert Oppenheimer era contra jogar a bomba sobre uma cidade, queria jogar no máximo sobre um alvo militar, ou uma ilha deserta. 
O próprio Henry Stimson, Secretário (Ministro de Estado) da Guera, não aceitava baixas civis, jogar a bomba sobre uma cidade, pois
“não quero que os Estados Unidos conquistem a reputação de ultrapassar Hitler em atrocidade“, disse Stimson, no seu Diário. 
Os EUA mesmo, em 1938, tinham concordado com uma Resolução da Liga das Nações que tornava ilegal o bombardeio internacional de civis. 
Goering, em Nuremberg, foi condenado à forca por CRIME DE GUERRA, por bombardear cidades, alvos civis. 
O próprio Truman, no Diário, chegou a escrever que “eu disse ao Secretário da Guerra, Sr. Stimson, para usá-la de forma que objetivos militares e soldados e
marinheiros sejam o alvo, e não mulheres e crianças (…) O alvo será puramente militar”. 
E depois, na prática, Truman decidiu jogar a bomba sobre cidades, imitando Goering e os nazistas.