O Conde de Mirabeau, católico pro democracia

Gabriel-Honoré de Riquetti Mirabeau (1749-1791, o Conde de Mirabeau, teve o discernimento e a confiança na Igreja, ao chamar o clero a juntar-se ao terceiro estado, para formar a Assembléia Nacional, tendo o acatamento de quase todos os representantes do clero, que ficaram ao lado do povo. Mirabeau redigiu obras como “Sobre a educação pública”, “Ensaio sobre o despotismo” e outras, de fundo cristão e democrático. Defendeu a liberdade religiosa.

Mirabeau, a principal liderança no início da Revolução, deixou grandes discursos, sendo a maior parte destes redigidos e elaborados pelo padre José Antônio Joaquim Cerutti (1738-1792), um padre jesuíta. O padre Cerutti era professor no Colégio Jesuíta de Lyon e escreveu o livro “Apologia geral do Instituto e da doutrina dos Jesuítas”. Este padre estava em Paris em 1789 e se juntou a Mirabeau, redigindo parte de seus discursos. Cerutti escreveu obras como “Memória sobre a necessidade das contribuições patrióticas”. Em 1791, o padre Cerutti torna-se deputado na Assembléia Legislativa.

O velho Marques de Mirabeau, como será mostrado em outra postagem, foi outro católico, preocupado com a questão social e a democratização do Estado.