A Igreja defende um Estado mundial democrático, confederativo, cooperativo, popular

Na alocução mencionada na outra postagem, sobre como uma Confederação mundial é adequada e exigida pela doutrina social da Igreja, Pio XII destacou a importância da democracia: “Se, pois, no espírito de federalismo, a futura organização política mundial não pode, sob pretexto algum, deixar-se arrastar no jogo de um mecanismo unitário, ela não gozará de uma autoridade efetiva a não ser na medida em que salvaguarde e favoreça em toda a parte a vida própria de uma sadia comunidade humana, de uma sociedade cujos membros concorrem todos juntos para o bem da humanidade inteira”. A sociedade e as pessoas têm vida própria, que o Estado (todas as formas de Estado) devem respeitar, proteger, promover. Esta doutrina é democrática, e não capitalista. Pio XII deixou claro, como antes Leão XIII e Pio XI, a relação intrínseca entre democracia real (governo participativo, representativo, em prol do bem comum) e catolicismo.