Antônio Ozai da Silva, no livro “História das Tendências no Brasil (Origens, cisões e propostas)”, 2ª Edição, pág. 224, expõe traz um conceito de socialismo democrático, que constou do XV Congresso do PCI. Este conceito não contradiz a doutrina social da Igreja:
“Neste novo modelo de socialismo democrático, concebe-se a coexistência de formas de propriedades privadas e públicas durante um certo período. O XV Congresso do PCI afirma: – Para realizar uma sociedade socialista não é necessário uma estatização integral dos meios de produção.
Ao lado dum setor público cuja dimensão e qualidade sejam suficientes para encaminhar o desenvolvimento em conjunto da economia, e paralelo a um setor cooperativo, estará a iniciativa privada.
Essencial – num contexto que vê a presença de diferentes formas de propriedade e de direção dos meios de produção – é o exercício de um controle social e duma direção democrática do processo de acumulação e de desenvolvimento no interesse da coletividade.
O poder político democrático deverá fixar os objetivos principais do desenvolvimento, elaborando – num confronto aberto com as diferentes forças sociais e os diversos centros de decisão – um plano que constitua um quadro preciso de referência para todos os sujeitos econômicos públicos e privados”.
Esta forma de economia mista foi defendida pelo próprio Fidel Castro, para ser adotada na Nicarágua sandinista.
E está sendo, paulatinamente, adotada na própria Cuba, com a permissão dos pequenos negócios particulares, sem exploração da mão de obra do próximo.