Fomos criados para a co-gestão, o co-governo, co-criadores, para a comunhão universal dos bens

Os bispos católicos de todo o mundo, na “Gaudium et spes (n. 57), resumiram bem: as pessoas devem possuir e cultivar (controlar) a “terra” (os bens), controlando-a, para construírem “uma habitação digna da família humana” e, para isso, é um dever a participação consciente na vida da sociedade, Democracia popular participativa, num amplo Estado social, sendo este o plano de Deus.

“Dominar a terra [a natureza, possuindo-a, cultivando-a] e completar a criação” (fomos criados para sermos senhores da criação, co-criadores, pastores da Criação, gestores da natureza, defensores da natureza, guardiões da natureza) implica em formas de co-gestão, autogestão (comunidades “autogestionárias”, cf. Leonardo Boff, em entrevista na “Caros Amigos”, n. 3, junho de 1997, pp. 27-35), de trabalhos livres, inclusive como pequenos e médios produtores, de planificação participativa (como ensinaram Karl Manheim e Jaspers).

Os bens, para que atendam às necessidades de cada pessoa, devem estar sob o controle destas mesmas pessoas (destinatários naturais dos bens), sujeitos às idéias verdadeiras de cada pessoa.

Este é o conteúdo da expressão “comunhão de bens”, “bem comum”, comunhão das almas (nos bens etc) etc.