Resumo do ideal concreto da Igreja, linhas gerais de nosso ideal (esboço), um sistema econômico misto, com o melhor dos dois, mais ampla Democracia popular, amplo Estado social democrático popular

A Igreja rejeita os dois extremos, o liberalismo econômico e o coletivismo (socialismo total, a estatização geral dos bens).

A Igreja rejeita o capitalismo liberal e o capitalismo de Estado.

O que a Igreja defende é um sistema econômico misto.

Queremos uma síntese com o melhor dos dois ideais, com o máximo de socialização (autogestão social) e o máximo de personalização (autogestão pessoal). O que traz benefícios, deve ser acolhido, em boa síntese.

Claro que este sistema misto vem junto com um amplo Estado Democrático de Direito, ampla Democracia popular, real, participativa, um amplo Estado social democrático, servo do povo.

Do socialismo total, temos em comum a busca de um amplo Estado, com estatais para os bens produtivos de grande poder, com controles de preços, ampla tributação redistributiva em mais de 50% do PIB, cerca de 60% na verdade, renda básica, ampla intervenção econômica,  etc.

Queremos um amplo Estado, cerca de 30 a 40% dos trabalhadores devem ser funcionários, como é na Noruega, na Suécia, Dinamarca, Bélgica, Holanda etc. Queremos basicamente a estatização dos bancos, protecionismo, ampla proteção estatal à produção local, nacional, dos micros, dos trabalhadores, dos produtores. 

Do ideal do capitalismo liberal, queremos o que o capitalismo não assegura, ou seja, queremos o máximo de distributismo, destinação universal dos bens, milhões de moradias próprias (cada família deve ter sua moradia própria), carros próprios, computadores, bens pessoais etc. Mais milhões de micros, pequenos e médios produtores familiares, ou seja, milhões de pequenas firmas familiares, artesãos, autonômos, pequenos burgueses, camponeses, artistas etc.

Nada de latifúndios e nada de grande capital privado, nada de oligopólios (trustes e cartéis). Erradicação da miséria e das grandes fortunas privadas.

Queremos um amplo Estado social e econômicos, grandes e ótimas estatais, firmas médias com co-gestão e estabilidade no emprego, mais milhões de micros e pequenas propriedades pessoais, baseadas no trabalho pessoal.

Queremos a mistura do melhor do ideal dos dois é a melhor fórmula.

Esta mistura é o que está sendo feito no Vietnam, na China, na própria Cuba, Coréia do Norte, Rússia, Angola, Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia etc. É o que há, linhas gerais, na Europa, de forma insuficiente e com erros neoliberais, tal como nos países com nacionalismo anti-imperialista, nos países que lutam para romper as correntes do imperialismo, erradicando as malditas multinacionais.

Como fica claro, o que há de bom nos dois sistemas, nos dois ideais, isso queremos, numa boa síntese.