Pio X – católicos devem participar da vida pública, em prol do BEM COMUM

Pio X destacou o dever social dos católicos de irem “às urnas para eleger os governantes” e “eleger pessoas” boas para “o exercício” da “gestão política”, promovendo o bem comum

Pio X, na carta “Inter catholicos hispaniae” (20.02.1906), tomou partido numa polêmica na Espanha, gerada por dois artigos publicados “na revista Razão e Fé, sobre a obrigação que os católicos têm de” irem “às urnas para eleger os governantes e sobre o cuidado de eleger pessoas competentes”.

Pio X diz que quis “conhecer os dois artigos e nada há neles que não ensinem, hoje, sobre esta matéria, a maior parte dos moralistas” da Igreja.

Este papa ensinou, ainda, que “quando correm perigo a religião ou a pátria [o bem da pátria, o bem comum], a ninguém é lícito ficar ocioso”.

É um dever dos católicos (de todas as pessoas honestas):

“trabalhar com ardor na defesa da religião e da pátria, esforçando-se, sobretudo, para que ganhem as eleições tanto provinciais como nacionais aqueles que, observadas todas as condições da eleição e todas as circunstâncias de tempo e lugar mais zelem pela utilidade da religião e da pátria no exercício de sua gestão política”.

Conclusão: a participação na vida pública é um dever sagrado, tal como um direito subjetivo natural e humano, acima das leis positivas.

O jusnaturalismo ensina que cada pessoa tem este dever e este direito correlato, sendo um dever exigido pela justiça e pela caridade.

Assim, para sermos justos e caridosos devemos participar na vida pública de nosso país e do mundo. Por outro lado, para que as estruturas estatais, sociais e econômicas sejam justas, devem ser abertas à participação de todos, o Estado deve ser social, servo do povo.