A maioria da Igreja – corrente de democracia popular, economia mista, Estado do bem estar social ampliado etc

Dentro dos limites de minhas forças precárias, procuro sempre seguir os passos de teólogos como Frei Clodovis Boff, em obras como “Cristianismo, humanismo e democracia” (São Paulo, Ed. Paulus) e de outras centenas de autores. A linha que esposo é a linha de estrelas como Alceu Amoroso Lima, Frei Betto, Dom Hélder, Dom Manuel Larrain (no Chile), Dom Balduíno, Dom Luciano Mendes de Almeida, dos irmãos Lorscheider, Dom Fragoso, Dom José Maria Pires, Dom José Gomes, padre José Ernani Pinheiro, Dom Moacir Grecchi, Padre Ibiapina, Padre Júlio Maria, Padre Arturo Paoli, Dom Viçoso, Dom Antônio Macedo da Costa, Dom Vital e de outros milhares de expoentes da Igreja.

O catolicismo admite o pluralismo teológico. Admite a liberdade política, filosófica, literária, científica etc. Adoto, assim, uma corrente à esquerda, que entendo que é hegemônica na Igreja, uma mistura de distributismo e socialismo democrático, que é, no fundo, a meu ver, uma forma bem concreta de democracia participativa, popular e social. A referência principal é o conjunto de textos de Alceu Amoroso Lima, misturado com ótimos textos de Barbosa Lima Sobrinho (seus textos sobre nacionalismo, exemplos do Japão pela intervenção estatal constante que há lá etc).

A democracia social, popular, participativa é o ideal histórico da doutrina social da Igreja e da teologia da libertação. Há uma unidade entre os melhores textos da teologia da libertação com os textos papais, da doutrina social da Igreja e também da filosofia, do direito, da sociologia etc.

O ideal de democracia popular, social, participativa, autêntica, não-capitalista, não-oligárquica, popular, comunitária, cooperativista etc é o ideal comum às correntes teológicas que representam a grande maioria da Igreja.