Síntese da boa religiosidade semita – usar a razão para obter o bem comum

Segundo o padre dominicano português Francolino Gonçalves, investigador da Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém e também membro da Comissão Bíblica Pontifícia, na Bíblia há a religiosidade semita, bem expressa no capítulo seis do livro de “Isaías”, onde Deus é retratado como o Senhor da criação, da ordem no mundo. Deus implanta o reino de Deus, que é o reino da justiça, pois justiça é a “harmonia da criação” com o Criador. As pessoas têm acesso às idéias sobre e de Deus “através da criação”, pela “lei natural”, pela “leitura do cosmos e da sociedade”, pela “observação” dos “comportamentos, com resultados felizes e infelizes, e a partir dessa observação, induzem normas de condutas”.