Joseph de Maistre ensinava que “a arte é a natureza do homem” e que “se a atividade humana infringisse as leis da natureza, seria um abuso cozer um ovo” (colhido do livro de Gaston Bouthoul, “História da sociologia”, São Paulo, Ed. Difusão, 1959, p. 55).
Pelo ensino de De Maistre e de Aristóteles, as “artes” (as invenções, a ciência prática, a tecnologia, os trabalhos, o Estado, o sistema econômico, as estruturas sociais) são, em regra, imitações, desdobramentos, aperfeiçoamentos da natureza. Como ensinou Francis Bacon, que era anglicano: o ser humano deve controlar a natureza, pelo conhecimento e uso das próprias leis naturais, da natureza. O mesmo vale para a sociedade, que é apenas o conjunto das pessoas e famílias. O plano de Deus visa a autodeterminação das pessoas (da sociedade, do povo, de cada povo) e o controle da natureza pela sociedade.
Conclusão: o “edifício social” é a organização da sociedade, formando como que um “corpo social” ou “corpo político no sentido extenso”. Dentro da sociedade é construído o Estado. Cada pessoa é uma pedra do edifício social, da comunidade.