A teoria democrática da Paidéia foi recebida e aperfeiçoada pela Igreja Católica

A teoria política da Paidéia foi recepcionada pela Igreja, em seus textos melhores e em harmonia com a Bíblia. Esta recepção fica clara nos textos de São Tomás, Marsílio de Pádua, Morus, Las Casas, Vitória, Suarez, Bellarmino, Miranda, o abade de Saint-Pierre (1658-1743), Montesquieu, Mably, o bispo Gregório, Ozanam, Buchez, Lamennais (1782-1854), Lacordaire (1802-1861), Dupanloup, Ketteler, Tocqueville, Acton, Gibbons, Lavigerie, Manning, Mercier, Sangnier, Charles Péguy, Maritain, Mounier, Alceu e outros, que adotaram esta linha democrática, presente nos Santos Padres.

A Igreja invisível já existia antes de Cristo fundar a Igreja Católica. Esta Igreja invisível já estava presente entre os povos, especialmente os semitas, estando também presente no melhor da Paidéia grega. O ideal natural e humano de uma democracia popular é, assim, o ideal da Igreja invisível, o ideal do próprio Deus e de Seu Corpo, a Igreja.

A linha de democracia popular está bem clara nos melhores textos de Tomás de Aquino, de Suarez, Bellarmino, Tomás Morus, Bartolomeu de las Casas e outros.

O Cardeal Carlos Marcial Allemand Lavigerie (1825-1892), por exemplo, era o Primaz da África e fazia parte da Sociedade anti-escravista. Em 1890, Lavigerie fez um brinde famoso, aderindo à República, na França, com o apoio de Leão XIII. Lavigerie escreveu obras como “Exposição dos erros doutrinais do jansenismo” (1858), “Ensaio sobre a escola cristã de Edessa” e “Documentos sobre a fundação da Obra Antiescravista” (1890).