A Igreja luta pela Democracia popular, econômica, política, civil, social, cultural etc

A grande tese deste blog é a tese do padre Júlio Maria, de Bergson e de Jacques Maritain (1882-1973): a democracia surgiu, na história, principalmente como manifestação temporal e providencial da razão humana, iluminada e amparada pela inspiração hebraica-cristã e também com base na Paidéia.

Esta era também a tese do livro “O gênio do cristianismo”, de François Chateaubriand, em 1804.

No fundo, é a tese de Santo Agostinho, em “Cidade de Deus”, que poderia ser traduzido por “República de Deus”. 

A democracia tem fundamentos naturais, na razão natural, na experiência histórica (“experientia docet”, a experiência ensina, cf. Tácito, no livro “A Germânia”, escrito em 98 d.C.).

Na experiência da Tradição semita-hebraica e também no melhor da Paidéia (o pensamento filosófico e religioso da antiguidade).

A democracia é a forma natural de auto-governo humano, a forma mais condizente com a dignidade humana.

A tese fundamental deste blog é muito simples: uma democracia popular e participativa (não-liberal, anticapitalista, anti-imperialista, antimonopolista, anti-latifundiária) é o ideal histórico cristão (tal como hindu, budista, confuciano, islâmico, africano, indígena etc) para uma sociedade justa, cortada na medida da dignidade da pessoa humana.

Esta tese foi sustentada e explicada por Dom Hélder, Alceu Amoroso Lima, Maritain, Dom Hélder, João XXIII, Mounier e outras estrelas da Igreja. É a linha dos grandes bispos da Igreja, dos grandes teólogos. 

Tenho a esperança que estes textos sirvam para fecundar e impulsionar o movimento de auto-organização dos trabalhadores, do povo, ampliando e radicalizando a democratização do Brasil.

O povo deve ser libertado da miséria, da reificação, do cativeiro.

O povo, todas as pessoas, devem ter autodeterminação pessoal, familiar e social, organizando a vida com base na autogestão social e ampliada, controlando a própria vida, o Estado, tal como os processos produtivos, de circulação e de distribuição dos bens.

A ética natural e cristã é a alma do movimento de superação do capitalismo, do latifúndio, do imperialismo, das grandes fortunas, da miséria, da reificação, da alienação.