O império persa absorveu o império caldeu-babilônico, no sul, em 539 a.C. e, com a conquista da Babilônia, Ciro liberta os judeus, dando fim ao cativeiro da Babilônia.
Dario I edifica seu palácio em Elam, justamente na terra dos elamitas, semitas, antepassados dos judeus.
O livro de Ester (1.2,5; 2,3; 3,15 etc) mencionava o palácio de Xerxes, em Susa, na antiga Elam. As ruínas de Elam foram descobertas e escavadas desde 1851, atestando vários dados históricos da Bíblia (o ambiente onde atuou Ester e Mordecai, contra Haman).
A suposição que o mazdeísmo deriva das idéias hebraicas, pela via das dez tribos perdidas e também das antigas tradições semitas, é bem sugestiva.
O zoroastrismo difundiu-se na Pérsia e isso ocorre quando os hebreus estavam sob o cativeiro da Babilônia. A influência hebraica é clara, pois os hebreus ocuparam altos cargos (ver Daniel, Ester e outros) no coração do Império Persa. Além disso, ainda há a questão das dez tribos perdidas, que foram levadas em cativeiro para a região asiática da Babilônia, pelos assírios, lá por 722 a.C., por Sargão II, rei assírio. Levados principalmente para terras perto do Monte Zagros, o berço do zoroastrismo.
Quando Xenofonte elogiou Ciro o Grande e os persas, parte do elogio era para o zoroastrismo.
Esta religião também influenciou o pensamento grego (vide Heráclito e outros, sobre o fogo e a luz).
A própria Bíblia faz um grande elogio a Ciro, o Grande, pois este libertou os hebreus do cativeiro da Babilônia, em 539 a.C. Os persas são considerados como povo aliado dos judeus, tendo Dario II ajudado na reconstrução do Templo.
A Bíblia, no livro dos “Macabeus”, elogia também Esparta e Roma, ressaltando vários pontos comuns entre o pensamento espartano (elogiado pelos estoicos) e o pensamento hebraico.
Após a conquista de Alexandre o Grande, os judeus também fizeram boa aliança com Alexandre, que era discípulo de Aristóteles. Os hebreus também tiveram boas relações com Júlio César e com Augusto.
Gamaliel, o mestre de São Paulo, era o neto de Hilel.
A “regra da maioria”, do consenso como indício da verdade, a base do pensamento democrático, foi a regra adotada pelos hebreus e pelos Santos Padres, nos Concílios da Igreja, para definir a “ortodoxia” (opinião correta, a mais consensual possível, a mais católica, pois católico significa universal, o que é aceito por quase todos).
O apreço pela regra da maioria é o apreço pela razão, pois, como ensinou Aristóleles, no livro “Política” (e, antes, Platão, no diálogo “Protágoras”, sobre a política), várias pessoas (razões) pensam melhor do que uma razão só. O diálogo é o caminho normal para a descoberta da verdade, do que é racional.
Por isso, o pensamento judaico-cristão ama a Democracia, pois o veio (rio, como o rio Amazonas ou o Nilo) cultural judaico-cristão (o mais importante e difundido no mundo) é um veio democrático-popular, que ama o Estado social moderno, a democracia participativa-popular real, o distributismo, a economia mista, as estatais, a intervenção estatal, a mediania, a igualdade social, a liberdade etc.