A doutrina antiga da Igreja sobre socialização de grandes bens produtivos

O padre jesuíta, Pe. Walter Brugger, em seu abalizado “Dicionário de filosofia” (São Paulo, Ed. Herder, 1962, p. 494), no verbete sobre “socialização”, já explicava que “socialização” era “fazer passar” certa propriedade de um bem, principalmente grandes meios de produção”, ao Estado ou a uma entidade comunitária, “para benefício de todos ou de um círculo mais vasto”. 

Ensinava que a socialização era “medida” “não recomendada somente pelo socialismo”, mas também pela doutrina da Igreja, bem antes de existir marxismo, antes do nascimento de Marx.

Explicava que a “socialização” (na forma de estatização, estatais, ou de propriedade comunitária ou cooperativa) deve ser adotada “sempre que a propriedade” de certo bem” “confere um poder excessivo“, sendo um “meio de lhe por um freio”.

Explicava que a doutrina da Igreja não aceita a “socialização total” da economia, mas sim, apenas, dos grandes bens produtivos. Ou seja, a doutrina da Igreja é pró ECONOMIA MISTA. 

Este ponto da doutrina foi bem explicado no livro do padre Jesuíta H. Pesch, “Tratado de economia nacional”, tal como nos livros do padre jesuíta, Von Nell-Breuning.