Engels, no livro “Do socialismo utópico ao socialismo científico”, destacou os precursores do socialismo ou da democracia popular-social (defensores do “postulado da igualdade”):
“… os anabatistas [e, antes, o cristianismo primitivo, como ele apontou em outras obras] e Thomas Munzer, os levellers na grande Revolução inglesa e Babeuf na grande Revolução Francesa. Ao lado destas manifestações revolucionárias de uma classe ainda imatura nós encontramos, nos séculos XVI e XVII, os correspondentes relatos utópicos de sociedades ideais [a “Utopia”, de Santo Tomás Morus, em 1516; e “A cidade do sol”, de Campanella, em 1623] e no século XVIII aparecem já teorias diretamente comunistas (Morelly, Mably). O postulado da igualdade não se limitava já aos direitos políticos, e sim fazia-se extensivo à situação social dos indivíduos; (…). A primeira forma de manifestar-se a nova doutrina foi, portanto, um comunismo ascético, inimigo de todos os gozos da vida, que recordava aos espartanos. Vieram lago os três grandes utopistas: Saint-Simon, …, Fourier e Owen”.
Como demonstrei no livro “Socialismo, uma utopia cristã”, de quase 1.200 páginas, todas estas fontes tinham, principalmente, bases bíblicas, hebraicas e cristãs, tendo também suporte em idéias racionais e na Paidéia.
São Tomás Morus é o padroeiro dos políticos, escolhido pelo Vaticano, para este posto. Campanella, Mably e Morelly eram Sacerdotes católicos. Babeuf e Buonarroti eram homens religiosos.
Saint Simon era católico. Fourier e Owen eram homens religiosos, amigos da religião.