Marx teve formação religiosa, estudou num Ginásio católico, que tinha sido Colégio Jesuíta

Estes dados estão nos de livros do teólogo Enrique Dussel, que vê, nos textos de Marx, um cristianismo objetivo. Já Porfírio Miranda, outro grande teólogo católico, achava que Marx era subjetivamente cristão.

A família de Marx era judia, mas seu pai teve que se converter ao luteranismo, entre 1816 e 1817, cerca de um ano antes do nascimento de Marx, em 1818. Um dos tios de Marx era o Rabino em Trier. Outro tio era católico. 

Em 1824, Marx foi batizado como luterano. Em 1830, entra no Ginásio católico de Trevès (ou Tréveris), que tinha o nome Ginásio Spee, em homenagem ao grande padre Spee, que estava sepultado no pátio do Colégio. Spee foi um grande padre que combateu a perseguição às bruxas, lá por 1680. Marx estudou neste Ginásio de 1830 a 1835, dos doze anos aos dezessete anos. 

Quase todos os colegas ginasianos de Marx eram católicos, sendo vários seminaristas católicos. Quando Marx fez o exame de bacharel, de formação no Ginásio, de seus 32 colegas, apenas sete eram luteranos e os outros eram católicos, ou seja, 25. Só 22 foram aprovados no exame. Destes, sete se tornaram teólogos católicos, padres.

O professor de religião de Marx era Johann Abraham Kupper, de boa formação ética e trinitária. O texto de Marx, para a matéria de religião, neste exame, tinha o título “A unidade do crente com Cristo, segundo o Evangelho de São João 15,1-4. É um texto com ideias cristãs, muito bom e talvez seja o primeiro texto de Marx que ficou registrado. 

Após terminar o Ginásio, Marx foi para a Universidade de Bonn, para estudar Direito. No entanto, mudou seus planos e planejava se tornar teólogo, para trabalhar com o teólogo Bruno Bauer.