O Jornal Nacional da Globo é o Repórter Esso, ou seja, o controle do imperialismo sobre a consciência nacional

O livro de Fernando Morais, “Chatô, o rei do Brasil” (São Paulo, Ed. Companhia das Letras-Schwarcz Ltda, 1994, p.673), mostra, nas palavras do próprio Chatô, como a Standard Oil, o maior truste de petróleo do mundo) controlou e controla boa parte do telejornal e do radiojornal no Brasil. 

A Standard oil é a Esso no Brasil, a Exxon, e outros nomes, todos sob controle da família Rockefeller. Especialmente, Nélson Rockefeller, quatro vezes governador do Estado de Nova Iorque, uma vez vice-presidente, no governo Ford. 

Chatô explicou “o papel abominável da Esso Standard”, que era responsável por “70% da publicidade norte-americana, de firmas” operando aqui. Este fluxo de ouro (dólares) mantinha o grupo Diários Associados, de rádio, tv, jornais e revistas. E mantinha no sentido de controle mesmo. 

As multinacionais bancavam (controlavam) a mídia, para que esta atuasse como relações públicas do grande capital internacional.

Pois bem, uma das formas era pelo “Repórter Esso”, o carro-chefe de notícias na TV Tupi e no império do Chatô. Quando Chatô se opôs aos Acordos Time-life (do senhor Henry Luce, republicano dos EUA) com a Globo, “em 24 horas”, a “Esso Standard” “tirou as ordens que tinha conosco”, desviando o colossal fluxo de recursos para as empresas Globo. Chatô atribuiu isso a Henry Luce e a Nélson Rockefeller, mostrando que isso era uma conspiração para o controle do sistema de rádio e TV pelo imperialismo, um “colonialismo cultural”.

O “Repórter Esso” foi transferido para a Globo e depois teria como nome o “Jornal Nacional”, o verdadeiro ópio do povo, o meio de hipnose e controle da consciência nacional. 

Chatô omite que isso era feito antes por ele mesmo, nas décadas de 40, 50 e 60. Chatô era o principal defensor das privatizações, da abertura ao mercado exterior, do fim do protecionismo, da desregulamentação da economia, do livre mercado. O mesmo papel que a Globo fazia, e passará a fazer quase como monopólio.

Hoje, esta tarefa de escravização é feita por Nove Famílias, que controlam o Cartel da Mídia, o Oligopólio da Mídia, no Brasil, que não passa da voz do Grande Capital privado.