O ideal do Estado social, amplo, de ampla intervenção social, faz parte INTRÍNSECA da ética do catolicismo

Pio XI, no “discurso à Federação Universitária Católica Italiana” (18.12.1937), destacou bem a importância do poder público, do Estado: “nada, poder-se-ia dizer, exceto a religião, é superior ao domínio político, que concerne aos interesses de toda a sociedade e que, neste sentido, é o domínio por excelência da forma mais extensa da caridade: a caridade política”.

“Caridade política” é criar um Estado social, Bom Samaritano, Bom Pastor, Protetor, Pai, de Amparo social a cada membro da sociedade, com prioridade para os mais necessitados.

O ideal do Estado social é parte INTRÍNSECA DA ÉTICA CRISTÃ E NATURAL. 

No mesmo sentido, Paulo VI, na “Octogesima adveniens” (n. 46), destacou que “a política é uma maneira exigente… de viver o compromisso cristão, ao serviço dos outros”.

De fato, na concepção cristã sobre o poder, O PODER é intrinsecamente um “serviço”, estando sujeito aos “interesses de toda a sociedade”, ao povo, guardião do bem comum.

De fato, o povo vivo é o principal bem comum, ao qual tudo deve estar vinculado.