Resumo do Projeto Desenvolvimentista, nas palavras de Celso Amorim

Trecho de um artigo nacionalista sobre a vitória de Dilma, em 2014, e resume bem o Programa adotado por Dilma.

Os pontos principais estavam corretos que eram aumentar a intervenção estatal na economia, especialmente via bancos públicos, para ampliar a infra-estrutura estatal produtiva, o apoio do Estado aos pequenos negócios (micro e pequenos), fortalecer as estatais, atuar na Unasul e no Mercosul, com a África e com os Bricks e medidas protecionistas, rejeitando o plano neoliberal de livre cambismo etc. 

“Os temas enfatizados pela campanha de Rousseff nas semanas finais da campanha fortaleceram o potencial do Brasil de adotar uma política de desenvolvimento nacional mais agressiva no segundo mandato de Rousseff.

Dilma disse aos brasileiros que eles estavam a escolher entre duas visões radicalmente opostas do que deve ser o Brasil no mundo: a visão do adversário dela de um Brasil subserviente a potências estrangeiras e interesses bancários, com baixos salários e alto desemprego e pobreza para a maioria do seu povo;

ou um Brasil aliado com outras nações soberanas nos BRICS e nos agrupamentos regionais sul-americanos, UNASUL e MERCOSUL e o uso dos bancos públicos para fortalecer a infraestrutura estatal produtiva do país, a indústria nacional e os padrões de vida e habilitações.

Celso Amorim, antigamente Ministro das Relações Exteriores e atualmente Ministro da Defesa, elaborou sobre esta ideia num editorial aberto no portal Vermelho o 22 de outubro.

Segundo Amorim, Dilma Rousseff e o seu antecessor Lula da Silva, provaram que o país está “disposto a defender sua soberania e a integridade de uma ordem internacional baseada no Direito”, contrariamente àqueles que justificam “comportamentos tímidos, pouco condizentes com as dimensões do país e as aspirações do nosso povo”, escreveu ele.

Amorim listou as políticas deles de dar prioridade

1) à unidade sul-americana; prestando especial atenção a África;

2) trabalhando ativamente com os BRICS; e

3) rejeitando provisões de livre-comércio, como as que favoreciam as companhias farmacêuticas multinacionais, que limitariam o direito do Brasil de lidar adequadamente com a saúde pública.

Amorim disse – “O Estado brasileiro”, escreveu ele, “deixou para trás a visão de um país ‘periférico e desarmado’ e assumiu plenamente a responsabilidade pela proteção de seus recursos e de sua população”, usando o poder de compra do governo para favorecer a indústria nacional e investir em tecnologias nacionais.

A campanha dela descreveu o apoio da Economist a Aécio Neves pelo que este verdadeiramente vale, com o antigo Presidente Lula a rir-se dizendo da Economist: “essa revista é a mais importante do sistema financeiro internacional, dos bancos, dos achacadores que dizem que são de investidores, mas que são exploradores. Pois bem. Qual é a resposta que temos que dar? Que o Aécio é candidato dos banqueiros, ótimo. A Dilma é candidata do povo brasileiro.”