O Plano divino de destinação universal dos bens, do poder, do saber etc

Deus é o Ser mais democrático (e mais bem humorado) que existe no universo. Também é o mais empenhado na promoção de uma vida de Comunhão, de um Plano Dialogal do Bem Comum, em erradicar a miséria, o sofrimento, as carências e a dor humana.

Deus é a Democracia Viva e Consciente. É o Ligame entre as pessoas, o Amor que une as consciências, para o bem comum.

O Plano divino é a difusão e a distribuição (destinação universal dos bens, do poder, do saber etc), por participação, do poder divino, de todo poder, inclusive do Poder divino, para todos.

A essência do Plano de Deus é difundir o poder a todos, tornar as pessoas participantes da natureza divina (cf. Ef 2,18; 2 Pd 1,4).

Usando a terminologia bíblica, São Pedro sintetiza o “reino de Deus” como um “consórcio ou participação na natureza divina” (cf. I Pd 1,4), uma participação na “vida eterna” (cf. Rom 6,23), uma difusão do poder divino para todos.

O Plano democrático de difusão do poder (econômico, político, cultural, eclesial etc) a todos foi bem explicado por Leão XIII (1810-1903), na “Providentissimus Deus”.

Nesta encíclica, Leão XIII ensinou que “o Deus Providentíssimo”, “no admirável desígnio do Seu Amor, desde o princípio, conduziu o gênero humano a participar da natureza divina”, atuando para “libertá-lo” da “ruína”, para restaurar (e proteger) a “dignidade” humana.

Como ensinou Jesus Cristo, ao anunciar Sua Missão, a atuação de Deus no mundo visa sempre “fazer o bem”, “levar boas notícias aos pobres”, ajudar na “libertação” dos “oprimidos”, “restaurar a vista aos cegos” (cf. Is 61,1; Lc 4,18 e At 10,38).

Esta é também a finalidade (missão, realização) de cada pessoa no mundo e a mesma regra vale para o Estado.