A teoria e a classificação das paixões, em Aristóteles, Agostinho, Descartes, São Francisco de Sales e Spinoza

A Igreja nunca ensinou, como alguns estóicos (Cícero, Sêneca, Plutarco e alguns outros não incidiram neste erro) e alguns budistas, que as paixões em si são más. As paixões são boas, pois a natureza, apesar de decaída, é boa, e isso vale para o corpo, os prazeres, o prazer sexual, os afetos, os instintos etc. […]

Emoções devem ser equilibradas, harmonizadas, pela razão, e nunca eliminadas

Como Pólemon, Crates de Atenas (escolarca entre 270 e 264 a.C., e é importante não confundi-lo com Crates de Tebas e Crates de Tarso) e Crantor (340-290 a.C.), a Academia, a escola fundada por Platão, ensinava claramente que os afetos e paixões (as emoções) são partes vitais da alma, que devem ser moderadas, ordenadas, equilibradas, […]

Virtudes, emoções (afetos, paixões) e valores, tudo em boa correlação

Aristóteles, no livro “Ética a Nicômaco” (III-V), listou as principais virtudes, a seu ver: justiça, franqueza (veracidade, amor à verdade), coragem (fortaleza), temperança (autocontrole), liberalidade (querer ajudar o próximo), magnanimidade e mansidão. Magnanimidade é desejar grandes feitos e ser digno deles, vem de desejar grandeza, grandes obras em prol do bem comum. Santo Inácio também […]

Lista parcial das virtudes e afetos, elogiados pela Igreja

São Paulo, na “Carta aos Gálatas” (5,14), repete o ensinamento de Cristo, e resume toda a ética cristã: “toda a lei se resume em um só preceito, a saber: amarás o teu próximo como a ti mesmo” (5,4). Um ponto peculiar da ética cristã é relacionar todas as virtudes ao amor (cf. Gl 5,22; Ef […]

As emoções humanas foram feitas à imagem das emoções de Deus

A voz de Deus é a voz do povo porque a voz da consciência (da razão) é a voz de Deus. A luz humana é um reflexo da Luz Divina. As boas decisões humanas são feitas à imagem das boas decisões de Deus, como um bom coro, sendo que Deus acolhe sugestões e pedidos humanos. […]

A teorias das emoções, de São Tomás de Aquino

Em sua teoria sobre as emoções (afetos, paixões), Aquino frisa que as emoções (paixões, afetos, instintos) são bons em si mesmo, são criações de Deus, da alma humana e o próprio Deus tem emoções, afetos. Os afetos devem ser equilibrados (“justo meio”), ordenados, racionalmente. instintos,afetos, ideias, tudo fluem em harmonia, no ser humano.  Há um […]

Vontade e desejo (apetite, movimento), relações

Como Cícero explicou, no livro “Questões Tusculanas” (IV, 6,12), “a voluntas” (vontade, “boulesis”, em grego) “é um desejo acompanhado de razão”, “do momento que se apresenta a imagem de uma coisa, qualquer que seja, que pareça boa, a Natureza [Deus] nos impulsiona a tentar alcançá-la”, se “essa tendência procede com constância e sabedoria” “nós a […]

O mal do belfegorismo

Benda (1867-1956) cunhou o termo “belfegorismo” para designar as pessoas que desdenham a inteligência e vivem à procura de sensações e prazeres. As pessoas irracionais adoram Belfegor, o ídolo dos moabitas. Benda redigiu vários textos criticando o antiintelectualismo e o sensualismo, ressalvando que os prazeres moderados e racionais são bons, queridos por Deus. Neste ponto, […]

A Igreja condenou o quietismo e o jansenismo, pois é otimista sobre o ser humano

A Igreja condenou expressamente o quietismo (os erros de Miguel de Molinos), o jansenismo e outras formas de desprezo da razão (inclusive formas de oração que recomendam “esvaziar” a mente, procedimento perigoso até para a saúde mental). Nas 68 proposições quietistas condenadas, em 28.08.1687 e 20.11.1687, ficam claras, pela inversão das proposições (regra lógica correta), […]

As paixões são boas, em si mesmas, feitas por Deus

São Tomás, na linha de Aristóteles, lista onze paixões, sendo a principal o Amor. Deus e os Anjos são serem apaixonados, pois se movem principalmente pelo Amor, sendo o próprio Deus o Amor vivo, consciente. Não há Ser tão apaixonado como Deus.  Jackson de Figueiredo, no livro “A coluna de fogo”, lembrava o ensino da […]