As riquezas no mundo são muito maiores que o PIB, podem e devem ser divididas por um sistema tributário como o que defende Piketty e mais reformas e intervenção ampla do Estado. É preciso abolir o capitalismo financeiro, rentista, e o Estado apoiar a economia real, baseada no trabalho.
O PIB do mundo, em 2007, era de 56 trilhões. Os valores dos títulos negociados, no mercado financeiro, chegavam a 600 trilhões. Em 2014, apenas 85 bilionários tinham mais renda do que 3,5 bilhões de pessoas.
Como fica claro, somente ampla intervenção do Estado pode erradicar bilionários e grandes fortunas privadas e miséria e exploração do trabalho.
David Harvey e Paul Krugman apontaram corretamente que, após a 2ª. Guerra Mundial, o mundo caminhou para a superação do capitalismo, por medidas socializantes. Este é o caminho correto, interrompido na década de 70, por Reagan e Margareth Thatcher e, novamente, na década de 90.
David Harley conta que, quando escrevia o livro “Os limites do capital”, “tínhamos um Estado de bem-estar social”, os Estados intervinham na economia, existia alguma seguridade social, direitos trabalhistas e movimento sindical forte. A “contrarrevolução liberal” dos anos 70 destruiu parte deste movimento de superação do capitalismo, pela via do socialismo democrático e trabalhista.
O correto é retomar o caminho do socialismo democrático, pacífico, gradual, reformista, nos moldes do socialismo pré marxista, cristão.