O exemplo do socialismo escandinavo é o melhor exemplo para o Brasil. Brasil deveria ser como uma grande Dinamarca, igualitário, pacífico

Nos países escandinavos, na Irlanda, na parte mais ocidental da Europa, nos países bálticos e na América do Norte e Central, o quadro está bem clarificado.

Os católicos votam na esquerda ou na centro esquerda, em partidos pró-socialismo democrático, trabalhistas ou de Democratas de esquerda.

Nos cinco países escandinavos, os Partidos Trabalhistas têm votos católicos (especialmente na Noruega) e são filiados na Aliança Progressista.

Nestes países, acredito que há os melhores exemplos de um bom socialismo democrático, especialmente Dinamarca e Noruega, dois países campeões de maior IDH e igualdade (índice Gini e outros) do mundo.

Os católicos, no Reino Unido, votam mais no Partido Trabalhista (o Labour) e com autorização papal, desde início dos anos 30, há quase cem anos. Na Irlanda, os leigos católicos mais combativos votam no Sinn Fein e no Partido Trabalhista, partidos filiados na Aliança Progressista.

O Partido Democrático dos EUA e o Partido Trabalhista do Reino Unido são filiados também na Aliança Progressista e é até a tradição o voto católico nestes partidos. Os Democratas dos EUA têm quase sempre o voto negro, dos professores, dos enfermeiros, dos ambientalistas, dos católicos, da parte mais combativa dos chicanos e dos judeus de esquerda trabalhistas (que votam, em Israel, no Partido Trabalhista ou em partidos associados destes).

Os leigos católicos mais lúcidos, na Suíça, votam no Partido Socialista. Idem para França, Espanha e Portugal. O mesmo para o Partido Social Democrático, na Áustria, sendo quase tradição desde cem anos. Todos estes partidos socialistas são filiados na Aliança Progressista.

No Canadá, quase todos os partidos são de centra esquerda. Os católicos no Canadá votam no Bloco de Quebec, ou no Novo Partido Democrático, filiados na Aliança Progressista. Mesmo o Partido Liberal é meio de esquerda, centro esquerda.

Os católicos da Itália votam no Partido Democrático, também filiado e lutam por uma República fundada no trabalho, como diz o artigo número um da Constituição italiana.