Pio X, na carta ao Episcopado italiano, “Il Fermo Proposito” (11.06.1905), urgiu a participação do povo (dos leigos) nas “funções públicas”, com “o firme e constante propósito de promover, o quanto possível, o bem social e econômico da pátria, particularmente do povo”.
O livro de Dom Luigi Sturzo, “La democrazia Cristiana dal 1848 al 1948”, registra esta linha histórica, que foi consagrada no Concílio Vaticano II.
Pio XII, no II Congresso Mundial do Apostolado Leigo (em Roma, outubro de 1957), também destacou o dever dos leigos (do povo, de cada pessoa) de participar (“intervir”) “na vida econômica, social e política de seus países”, para a promoção do bem comum, social.
Pio X, na “Notre Charge” (25.08.1910), destacou que “reeguer a dignidade humana” e elevar “as condições” dos trabalhadores, fazendo “reinar sobre terra” a “uma justiça melhor e mais caridade” são “esforços” “excelentes a todos os respeitos”, são deveres de cada pessoa e também da sociedade e do Estado.
Pio XI lembrou o ensinamento de Leão XIII, no mesmo sentido.
O principal, como ressaltou Pio XII na Mensagem de Natal de 1955, é proteger “a liberdade conjugada com o respeito da dignidade e liberdade alheias”.
Leão XIII, autor da “Rerum novarum” (onde há a defesa de uma sociedade baseada no trabalho, nos direitos sociais), na “Diuturnum Illud” (23.06.1881), ensinou que “os povos” devem “escolherem o governo que melhor responda a seu caráter”, formando “instituições e costumes” para a realização da justiça, do bem comum.
Leão XIII, na “Diuturnum”, frisou que “toda sociedade” (todo Estado, todo governo) deve ter “sua atividade” dirigida para “o bem comum”, sendo este a razão de ser, a finalidade, da “autoridade”.