“Em termos espirituais, somos todos SEMITAS”, cf. Pio XI, em 06.09.1938.

Católicos e judeus foram perseguidos ao mesmo tempo, várias vezes, explicitando assim o enorme acervo de ideias em comum. O melhor do catolicismo nasce e tem o melhor do judaísmo. Judeus são nossos Irmãos mais velhos.

A Ku Klux Khan perseguiu negros, católicos, asiáticos, judeus, porto-riquenhos, chicanos, comunistas etc.

Da mesma forma, Bismarck e Hitler perseguiram a Igreja, os hebreus e a democracia.

Pela mesma razão, Nietzche tinha ódio dos católicos, dos judeus, de Sócrates, da democracia, do pacifismo e do socialismo.

Em 06.09.1938, Pio XI, perto da morte, ao receber uma comitiva belga, leu num missal sobre Abraão, onde se pede a Deus que receba as oferendas na Missa do modo como recebeu o sacrifico de Abraão, o papa lembrou que somos filhos espirituais de Abraão, “nosso Patriarca”, que somos espiritualmente semitas.

Pio XI disse que “o antisemitismo não é compatível com o pensamento e a realidade sublime” desta oração e do cristianismo, sendo “um movimento abominável”.

No final do encontro com os belgas, Pio XI chorou e disse: “o antisemitismo é inadmissível. Somos todos espiritualmente semitas” (“em termos espirituais, somos todos semitas”).

As palavras papais foram divulgadas principalmente por Dom Luigi Sturzo (democrata cristão elogiado por Gramsci), no jornal belga “Cité Nouvelle” (“Cidade Nova”).

O católicos consideram sagrados os textos bíblicos, inclusive o livro I de Macabeus (3,59), que ensina: “é preferível para nós morrer no combate a ver o extermínio do nosso povo e das coisas santas”.