Pontos essenciais da Fórmula Barbosa Lima Sobrinho-Benayon

Para a Fórmula Barbosa Lima Sobrinho-Benayon, é preciso AUMENTAR DRASTICAMENTE a proteção estatal ao trabalho humano, com redução da jornada de trabalho para MENOS  de 40 horas, AMPLIANDO OS DIREITOS DOS TRABALHADORES.

Também é essencial a participação nos lucros, abertura dos livros contábeis e das contas e na gestão das empresas, praticada em muitos países, inclusive Alemanha. Outro ponto é a ESTABILIDADE do emprego, prevista na Constituição e determinada por resolução da OIT (demissão apenas por justa causa); ampliação maciça do salário mínimo etc. 

Vi um ponto ótimo no programa do Pátria livre, que cito: implantar “nos três níveis de governo, municipal, estadual e federal”, a prioridade, em suas compras, à indústria e aos serviços NACIONAIS, e das pequenas empresas, no caso dos pequenos contratos, dando aos micro e pequenos cerca de 30%, pelo menos, dos contratos públicos. “Criar normas a este respeito, à semelhança da legislação dos Estados Unidos ( Buying American Act)”.

Outro ponto – “Voltar o BNDES para financiar exclusivamente a empresa nacional, estatal e privada, possuída e dirigida por brasileiros, com prioridade à pequena e média empresa, o micro empresário”.

PONTO ESSENCIAL – “Desenvolver ações para que cada cidade, cada distrito, cada aldeia tenha a sua fábrica, a sua indústria”, sua base industrial, ampliando a industrialização (produtividade física, com aumento da utilização da energia elétrica), por pessoa e por km quadrado, para DIMINUIR, até eliminar, a divisão trabalho intelectual-braçal, campo-cidade. A Fórmula Soria y Mata, das cidades lineares (agrovilas) ás margens de ferrovias, tem a mesma ideia básica. 

Concordo com as ideias – “a industrialização e a nacionalização fizeram as nações. Essa foi a luta e esse foi o sonho de muitas gerações, desde Tiradentes e Bonifácio, a partir da Independência, passando por lutas de intrépidos promotores da indústria, como Mauá e outros, até a consolidação do Estado nacional brasileiro, com o avanço que teve a partir da Revolução de 1930″.

Faltou citar Roberto Simonsen e o grande Serzedelo Correa, dois grandes protecionistas. 

Também concordo – “A industrialização do País retrocedeu nos últimos anos. A privatização de setores importantes e estratégicos como telecomunicações, siderurgia, hidrelétricas retirou instrumentos de alavancagem da indústria nacional e da evolução e inovação tecnológicas. A desnacionalização em massa de empresas industriais privadas teve, como consequência, a transformação dessas empresas em meras montadoras ou maquiadoras de componentes importados”.

É preciso “retomar a industrialização brasileira através de diversos mecanismos, especialmente a partir do poder de compra dos governos nos diversos níveis”, tal como pela estatização dos bancos, siderúrgica, telefonia etc.