Adriano Benayon fazia a apologia correta dos micronegócios e das estatais, em boa síntese, bem próxima da Doutrina Social da Igreja

Algumas das proposições mais importantes do livro “Desenvolvimento versus Globalização”, do Prof. Benayon, proposições com as quais concordo.

1- O grande capital controla o Estado impondo a ideologia liberal;

2- Os países que investiram mais em bem-estar social tiveram o melhor desempenho econômico, usando políticas públicas, intervenção pública do Estado na economia;

3- A concentração do capital é efeito da ausência da intervenção estatal;

4- O Estado deve intervir na economia para impedir a formação de monopólios e oligopólios, usando estatais, estatizando os trustes e cartéis;

5- As atuais Leis anti-truste, como o CADE, são radicalmente insuficientes, totalmente; 

6- A alta concentração de capital no Brasil decorre de uma legislação pouco rigorosa, falta absoluta de estrutura estatal, de intervenção estatal ampla;

7- A depressão é gestada pelo acúmulo de capital pelas grandes empresas, excedendo em muito o que elas investem efetivamente na produção. Para piorar, o lucro apropriado não é tributado, sendo gasto em patrimônios inúteis, ostentação pura, sem tributação, pela falta de um tributo pesado contra acumulação de patrimônio inútil,no Brasil;

8- Esse acúmulo ocorreria em razão dessas macro empresas deterem o poder de estipular unilateralmente o preço de seu produto, por conta de trustes, cartéis, oligopólios, controle do grande capital sobre o Estado etc; 

9- A determinação unilateral dos preços reduz a renda dos consumidores, minimiza a magnitude dos investimentos necessários e gera demanda estagnada; 

10- Com o declínio dos investimentos, criam-se menos empregos e o desemprego cresce;

11- Os investimentos públicos cessam com as políticas liberais;

12- O baixo nível de investimentos privados e públicos deflagra e agrava a depressão;

13 – Benayon fazia a apologia correta dos pequenos negócios familiares, da microempresa, das pequenas empresas, das estatais e dos “investimentos públicos em infra-estrutura indutores de investimentos privados”.