Antônio Callado mostrou a presença da Igrejas nas lutas do povo, por uma democracia popular

Antônio Callado (nascido em Niterói, em 1917) também mostra a presença de sacerdotes progressistas com as correntes socialistas, num bom paralelo com a diplomacia do Vaticano que estreitou relações com os países socialistas.

No romance “Quarup”, de 1967, Callado criou um personagem símbolo, o padre Nando, que luta ao lado do povo contra a opressão e a exploração. O livro nasceu da ida de Callado ao Xingu, lá por 1950, onde elogiou a propriedade comunitária dos índios.

No livro “Tempo de Arraes, Padres e comunistas na revolução sem violência”(ed. José Álvaro editor, 3ª. ed., 1964), Callado descreve outros sacerdotes, em Pernambuco, ao lado do povo e das forças políticas de esquerda.

Frei Betto escreveu que “marxistas e cristãos têm mais arquétipos em comum do que supõe a nossa vã filosofia”.