Os maiores socialistas eram cristãos e pró economia mista

François Huet, Fichte, Thomas Paine, Cobbett, Sismondi, Rousseau e muitíssimos outros escritores, quase todos socialistas cristãos (especialmente católicos), inclusive Constantin Pecqueur, defenderam economia mista.

Souberam diferenciar a parte boa da economia, que é a pequena propriedade limitada e regrada (que também deve ser organizada cooperativamente e estar sujeita ao bem comum) dos artesãos, dos camponeses e dos pequenos produtores, complementada por estatais e cooperativas. 

E a parte má da economia, a horrenda propriedade liberal-capitalista, latifúndios e grandes fábricas privadas, grandes bancos, que deve ser substituída por estatais com co-gestão, por cooperativas de produção, com planejamento estatal participativo e outras formas jurídicas que assegurem o primado do trabalho e do bem comum (correlatos ao primado da pessoa, da vida), economia mista.

Charles Gide, considerado em geral o maior teórico sobre o cooperativismo, elogiou François Huet, Charles Renouvier e outros defensores de medidas dirigistas, classificando Huet como “socialista cristão”.