Está na última edição, da Boitempo.
OU seja, Marx elogia a Igreja, na Idade Média, e o mesmo vale também depois e hoje, por recrutar “os melhores cérebros do povo”, “sem levar em conta estamento, nascimento ou patrimônio”.
Até na Idade Média, a cúpula da Igreja, a Hierarquia da Igreja, e o mesmo vale para a base (baixo clero e leigos), era formada por pessoas recrutadas no povo, “os melhores cérebros do povo”, expressão de Marx.
É um grande elogio. O principal “meio” do “domínio eclesiástico” seria a composição popular, recrutada “sem levar em conta estamento, nascimento ou patrimônio”.
Marx nasceu em Treves, cidade da Renânia, onde praticamente 90% das pessoas eram e ainda são católicas.
Marx estudou, dos doze aos dezessete anos, num Ginásio que tinha sido Colégio Jesuíta, e onde seus colegas eram quase todos católicos. Vários destes colegas eram seminaristas católicos, inclusive um deles seria, depois, o Arcebispo de Treves.
Mesmo na família de Marx, existiam rabinos, protestantes e um tio (irmão de seu pai) que era católico.